quinta-feira, 14 de abril de 2011

V I Y - O ESPÍRITO DO MAL - 1967 - GEORGI KROPACHYOV / KONSTANTIN YERSHOV


V I Y - O ESPÍRITO DO MAL
1967
GEORGI KROPACHYOV
KONSTANTIN YERSHOV


SINOPSE
O estudante de teologia Khomá Brutus que junto a mais dois amigos se perde ao sair de férias encontrando a fazenda de uma velha senhora que é na verdade uma bruxa. Khomá é atacado pela bruxa, mas consegue defender-se, após espancá-la ela se transforma em uma bela garota e ele foge assustado de volta ao seminário. Pouco tempo depois, o seminarista é convocado por um rico fazendeiro, para dar os últimos sacramentos a sua filha. Ela chegara quase morta em casa depois de ter sido espancada. Ao chegar à fazenda, Khomá é obrigado a rezar pela alma da garota por três noites, trancado em uma pequena capela, ao lado do cadáver. Essa pobre moça, no entanto, é a bruxa sedenta de vingança. Durante as noites, sempre à meia noite, o fantasma da menina levanta-se para assombrar o seminarista, invocando lobisomens, vampiros e outras criaturas do inferno. Atormentado pela bebida e pela falta de sono, ele é dominado pelo espírito de Viy.


SOBRE:
Delírio. A impressão é que o pintor alemão Hieronymus Bosch ressucitou durante a produção para pincelar alguns frames dessa adaptação Cult do conto popular de terror russo de Nicolai Gogol – o mesmo que inspirou levemente "A Máscara do Diabo" de Mario Bava, mas lá pouco restou do conto original, senão a presença da bruxa. Quando na terceira noite velando o corpo de uma bruxa numa antiga, decrépita e assustadora igreja de uma aldeia russa do século XVIII o seminarista Khomá vê todo o tipo de demônio e criatura das trevas surgirem das paredes, escalarem o teto, mãos brotarem de buracos na madeira, sombras por todos os lados, é como se ele tivesse a visão do inferno dos quadros de Bosch, da renascença, o diabo e seus asseclas como a Igreja e o culto popular da Idade Média pregavam em ilustrações.
Claro que o requinte técnico de uma produção russa amadora dos anos 60 não pode se equiparar às obras atuais, mas o crédito pela assombrosa beleza tétrica de “"Viy – O Espírito do Mal" permanece, e não é descontado de Bosch, nem dos diretores Georgy Kropachyov e Konstantin Yershov, então estudantes de cinema. O mérito cabe, em muito, ao consagrado especialista de efeitos visuais Aleksandr Ptushko, que auxiliou ( e muito ) os jovens em tomadas chave do filme, bem no estilo "deixa que eu faço pra vocês verem". Mas cabe bom mérito à dupla pelo estilo insano de algumas tomadas, os movimentos de câmera constantes, que desvendam a decrépita Igreja ou viajam entre os aldeões, divididos entre o lamento pela morte de uma jovem senhora e a curiosidade sobre se ela é realmente uma bruxa. O seminarista chamado para velar seu corpo, Khomá, sabe bem o que ela é: uma bruxa, que voou em suas costas até que ele se desvencilhasse dela e a matasse: após matá-la, ela se transforma na jovem e bela filha de um fazendeiro rico, que ele terá que velar por três noites. Será o inferno para o seminarista, pouco religioso e afeito de uns bons goles.
Kropachyov e Yershov delimitam o inferno do mundo real pelas cores, deixam as criaturas do demônio com tons de cinza circulando um indefeso seminarista, e exprimem o tormento da jovem bruxa nas três noites cercando o seminarista e seu círculo protetor com movimentos de câmera circulares, zooms abruptos e ângulos inusitados. Já seria muito para incluir "Viy" em uma lista de essenciais, mas o melhor é o realismo mágico que sobrevoa cada frame durante todo o filme: é como assistir a um conto de fadas às avessas, uma história onde João e Maria são presos para sempre e a Branca de Neve não acorda de seu sono nem os anões matam a bruxa. "Viy" não nos assusta, nos deixa maravilhados.
Delírio. A impressão é que o pintor alemão Hieronymus Bosch ressucitou durante a produção para pincelar alguns frames dessa adaptação Cult do conto popular de terror russo de Nicolai Gogol – o mesmo que inspirou levemente “A Máscara do Diabo” de Mario Bava, mas lá pouco restou do conto original, senão a presença da bruxa. Quando na terceira noite velando o corpo de uma bruxa numa antiga, decrépita e assustadora igreja de uma aldeia russa do século XVIII o seminarista Khomá vê todo o tipo de demônio e criatura das trevas surgirem das paredes, escalarem o teto, mãos brotarem de buracos na madeira, sombras por todos os lados, é como se ele tivesse a visão do inferno dos quadros de Bosch, da renascença, o diabo e seus asseclas como a Igreja e o culto popular da Idade Média pregavam em ilustrações.
Claro que o requinte técnico de uma produção russa amadora dos anos 60 não pode se equiparar às obras atuais, mas o crédito pela assombrosa beleza tétrica de “Viy – O Espírito do Mal” permanece, e não é descontado de Bosch, nem dos diretores Georgy Kropachyov e Konstantin Yershov, então estudantes de cinema. O mérito cabe, em muito, ao consagrado especialista de efeitos visuais Aleksandr Ptushko, que auxiliou ( e muito ) os jovens em tomadas chave do filme, bem no estilo “deixa que eu faço pra vocês verem”. Mas cabe bom mérito à dupla pelo estilo insano de algumas tomadas, os movimentos de câmera constantes, que desvendam a decrépita Igreja ou viajam entre os aldeões, divididos entre o lamento pela morte de uma jovem senhora e a curiosidade sobre se ela é realmente uma bruxa. O seminarista chamado para velar seu corpo, Khomá, sabe bem o que ela é: uma bruxa, que voou em suas costas até que ele se desvencilhasse dela e a matasse: após matá-la, ela se transforma na jovem e bela filha de um fazendeiro rico, que ele terá que velar por três noites. Será o inferno para o seminarista, pouco religioso e afeito de uns bons goles.
Kropachyov e Yershov delimitam o inferno do mundo real pelas cores, deixam as criaturas do demônio com tons de cinza circulando um indefeso seminarista, e exprimem o tormento da jovem bruxa nas três noites cercando o seminarista e seu círculo protetor com movimentos de câmera circulares, zooms abruptos e ângulos inusitados. Já seria muito para incluir "Viy" em uma lista de essenciais, mas o melhor é o realismo mágico que sobrevoa cada frame durante todo o filme: é como assistir a um conto de fadas às avessas, uma história onde João e Maria são presos para sempre e a Branca de Neve não acorda de seu sono nem os anões matam a bruxa. "Viy" não nos assusta, nos deixa maravilhados.

ELENCO:
Leonid Kuravlyov
Natalya Varlei
Alexei Glazyrin
Vadim Zakharchenko
Nikolai Kutuzov

FICHA:

Título Original: VIY
Gênero: Terror / Mistério / Humor Negro
Tempo De Duração: 1h 27min
Ano De Lançamento: 1967
Idioma: Russo

DADOS DO ARQUIVO:

Qualidade: DVDRip
Formato: AVI
Tamanho: 647 MB
Legenda: Português/BR (Separadas)
Servidor: Megaupload

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