Percussão, guitarras, distorções, pianos elétricos e acústicos discorrem por 12 faixas de um trabalho primoroso, que traz a união das letras poéticas de Lirinha com o talento musical dos recifenses Pupillo (Nação Zumbi), Bactéria (Mundo Livre S/A e Otto) e Neilton (Devotos). O nome do álbum não poderia ser mais propício, pois lira, em sentido figurado, é ‘inspiração poética’.
As gravações foram feitas em estúdios em Recife e São Paulo, posteriormente masterizadas na França, com a produção assinada por Pupillo.
A linha deste novo trabalho não é, nem de longe, semelhante à sonoridade do antigo grupo Cordel do Fogo Encantado, impossibilitando até mesmo comparações. Solos de guitarra são alternados com toques de cavaquinho, entre faixas que combinam o canto sereno (e nada declamado) de Lirinha.
“Caminhei pra dentro da minha própria música procurando a paz. E eu não quero mais guardar silêncio”, confidencia Lirinha, pontificando como conduziu a criação de seu novo álbum, que será lançado oficialmente no dia 1º de outubro, mas já disponibiliza todas as faixas para download gratuito. “As músicas foram todas disponibilizadas dia 11 de setembro de 2011. Escolhi essa data por ser feriado em Arcoverde (PE). E eu queria enfeitar a tarde, ou confeitar, sei lá. Cingir”, completa.
Já na primeira faixa Ah se não fosse o amor, fica evidente à quem ouve como José Paes de Lira se reinventou e, dessa vez, pendendo para o lado pop, revolucionando sua própria musicalidade de maneira densa e precisa.
O CD conta com as participações especiais de Otto, Angela Rorô, Fernando Catatau, Lula Cortês e João Diniz Paes de Lira, filho de Lirinha.
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