'Denis says
I've come to hate my body
And all that it requires
In this world
Denis says
I'd like to know completely
What others so discretely
Talk about
Denis says
I hate the quiet places
That cause the smallest taste
Of what will be
Denis says
I hate the big decisions
That cause endless revisions
In my mind'
(...)
('Candy Says, Velvet Underground')
Candy Says - Beth Gibbons
In Memoriam 'Dirk' - 'Cities On Flame With Rock'.
I've come to hate my body
And all that it requires
In this world
Denis says
I'd like to know completely
What others so discretely
Talk about
Denis says
I hate the quiet places
That cause the smallest taste
Of what will be
Denis says
I hate the big decisions
That cause endless revisions
In my mind'
(...)
('Candy Says, Velvet Underground')
Candy Says - Beth Gibbons
In Memoriam 'Dirk' - 'Cities On Flame With Rock'.
"(...) a vida voa e vai mais longe
até o fundo do poço
cuidado moço
pra não falar palavra errada
cuidado cantor
de vez em quando
vem um vento bobo e sopra:
é preciso acreditar
é preciso ter uma paciência revolucionária
é preciso ter uma fé inquebrantável
é preciso ter fantástica felicidade
de vez em quando (...)"
(Chacal)
...Em 1998, o Poeta carioca 'Chacal' montou um Projeto Cultural apresentado no Teatro Planetário/RJ, levando semanalmente convidados como 'Lenine', 'Marcelo D2', 'Fernanda Abreu', acompanhados por um grupo de jovens músicos interessados em samba. O Projeto tinha o nome de 'Bangalafumenga', algo como 'indivíduo insignificante', 'joão-ninguém'.
O Projeto mais tarde se transformou em Bloco de Carnaval, 'Bloco do Banga' (tendo 'Rodrigo Maranhão' como Mestre de Bateria e Puxador) e no grupo de Samba-Reggae-Funk-E mais outras coisas, 'Bangalafumenga', com três percussionistas, um baixista e o Cavaquinho/Voz de 'Rodrigo Maranhão'.
Já bem conhecido no meio cultural fluminense, o Carioca (de familiares Rio Grandense do Norte) 'Rodrigo' tem parcerias com outros nomes da MPB como 'Rap do Real' (com 'Pedro Luís'), 'Chicken de Frango' (com 'Zélia Duncan') e 'Baile da Pesada' (com 'Fernanda Abreu'), além de músicas gravadas por 'Verônica Sabino' e 'Roberta Sá'. Mas ganhou projeção nacional após 'Maria Rita' ter gravado suas composições, 'Recado', 'Caminho das Águas' e 'Mantra'.
Das três composições, 'Rodrigo Maranhão' gravou 'Recado', à capela, numa atmosfera, diria, 'Gonzaguinha', e 'Caminho das Águas', com zabumba, confirmando o som mais 'regionalista' que entremeia todo o seu primeiro disco, batizado merecidamente de 'Bordado', um delicado entrosamento de baião, xote, samba.
O Bordado, urdido com sutileza e uma virtuosa simplicidade, vai ligando o regionalismo (com ares das Cantorias de 'Elomar'/'Vital Farias'/'Geraldo Azevedo') de lindas composições, 'Interior', 'Olho de Boi', ao samba ('João Gilbertiano' !) de 'Pra Tocar na Rádio'; passando pelo baião marcado por palmas e pelo percussivo violão de 7 cordas de 'Marcello Coelho' (do 'Mombojó', que também está lançando seu primeiro disco solo, 'Projeções e mais duas séries para violões de sete cordas') na faixa 'Baião Digital', e descambar na 'Milonga' meio sertaneja com o triste acordeão de 'Marcelo Caldi'. E em 'Noites do Irã', dá remate ao seu Bordado, caprichado, inspirado, coeso: 'Se tudo está globalizado/notícias de Gana não vi/Quantos irmãos que não tive/Por um grande irmão que não quis'.
Um Bordado poético de estilos e tradições regionais do Brasil.
Rodrigo Maranhão - Caminho das Águas (Vídeo)
"As pancadas desse instante
Em que eu sinto como se ontem
Me dissesse que tal dia não vem
Que os dias de paz não existem(...)
Agora eu vou me esquecer mais
Agora eu vou me confundir mais
Agora eu vou me cuidar mais
Quem sabe o tal dia ainda vem"
(Fabio Góes - 'Lembranças')
...Apesar do recém lançado 'Sol no Escuro' ser o primeiro trabalho do Paulista 'Fabio Góes', ele já havia gravado com o grupo 'Paumandado' em 2003, e trabalhado em algumas trilhas para cinema (na equipe de 'Ed Côrtez' e 'Antônio Pinto') em 'Cidade de Deus', 'Abril Despedaçado' entre outras. Recentemente produziu o álbum do grupo paulistano 'Jumbo Elektro'.
Concebido em 5 anos, o disco surge maduro, rico de texturas, de detalhes, com forte influência do 'Clube Da Esquina' e até da batida Pop Inglesa, 'Radiohead' & Cia...
"Cadências melancólicas de piano e violão nos conduzem, ao universo particular de Fabio Góes. Um tempo-espaço especial, pessoal e intransferível, cujo acesso só é possível através de suas músicas. O álbum é climático, intenso, não apenas pelo conteúdo das letras, descritivas e inebriantes em sua calma, como também pelas belas texturas sonoras que se revelam a cada nova audição do disco." ('Myspace')
Participações dos parceiros do 'Paumandado' e da cantora 'Céu'.
A faixa que abre o disco é a espantosa 'Sol no Escuro', marcada por um piano e uma bateria seca, e um dedilhado displicente no violão, com suas passagens 'Floydianas' (Ê, 'Marco Antônio Araújo', outrora ousastes tão bem...), e que mantém esse estilo por quase todo o álbum. 'Sem Mentira' ('Eu já fingi ser/Muito melhor/Eu já aprendi ser/Pior/Mas sem mentira'); 'Automático' ('Ando sonhando tão pouco/Que eu nem sinto mais falta/De pensar e pensar/Se nesse mundo, nessa sala, nessa rua, nessa casa/Alguém precisa de mim/Eu sempre acho que não')...
Se há influências do 'Clube da Esquina', também é certo que há respingos da criatividade de um 'Arnaldo Baptista', de 'Walter Franco' ('Mel'), ou mesmo de um 'Legião Urbana', fase 'V' ... E se eu tô viajando muito é inteiramente culpa do disco.
As fortes, 'Mundo Acumulado', com seu balanço mais funkeado, e 'Estatística', com sua levada trip hop 'Rappa' x 'Massive Attack', e um belo solo de sax, são vigorosas e fogem um pouco desse tal 'climático' que se atribuiu ao disco.
Mundo Acumulado (Vídeo)
'Sol no Escuro' é um clarão que pode se manter aceso por muito tempo. Tem uma luz forte, própria e abundante.
“Eu ouso apagar o sol/ colocá-lo num escuro tão profundo/ que até o colorido mais raro/ se despede de mim".
Sol no Escuro
Automático
Surfista
Paumandado - Lustrar
"(...)Mais um passo e serás um alvo fácil de abater
chegue perto e meu verso lhe fará doer
tua sorte achou meu açoite redentor
à terra tudo retornará na mesma idade da Terra
Todo libertado é marcado e tem destino incerto
traz interno o fardo e no intestino o próprio inferno
vais vagar o mundo e acertar quem te traiu
com a labareda do teu sol sombrio
É dado aos sóbrios ver a luz do sol!"
(Batone - 'Der Leone')
...Inevitável, mas o Professor de Fiolosofia da Univ. Veiga almeida/RJ, 'Valdir Nogueira', mais conhecido pelo apelido do seu avô, 'Batone', que acaba de lançar seu primeiro disco, o impressionante 'Lixo Extraordinário', vai ter que se acostumar com as comparações com a saudosa 'Cássia Eller', não apenas pelo estilo cru, vigoroso de suas interpretações, mas também pelo estilo Rock/Mpb, e principalmente pelo timbre, pela voz tão semelhante de ambos. Seu canto é nítido, forte, vem de dentro. Suas letras são engenhosas, poéticas, e aprazivelmente bem cantadas.
"É um disco que impressiona pelo lirismo contundente, pelo sentimento desesperado, pelo instrumental arrasador e pela produção impecável. O ponto forte do disco pra mim são as letras. Valdir escreve com destreza e perfeição sobre sentimentos e situações, fala com um lirismo desesperado, urgente, sobre vidas vazias, situações comuns e amor!" - Paulo Mopho
"Enfim, um disco cuidadosamente lapidado, moderno, inteligente, estimulativo, experimental e que não perde a veia pop. Sei que estamos no começo do ano, mas esse será o disco a ser batido em 2007." - El Escama
Mas para chegar ao resultado maduro, perspicaz do disco 'Lixo Extraordinário' (também nome da banda) gravado em Londrina com produção de 'Júlio Anizelli', dono do estúdio 'UP' e contando com as indispensáveis presenças de 'Mizão' na guitarra, o 'Felipe Barthem' no baixo, o 'Farinha' na bateria e o 'Alex Corrêa' no Teclado, o Professor 'Batone' já brincava com música desde 1997 e participou de alguns grupos, entre eles o 'Loboguará'. Suas influências? Ele diz:
'Acho influências meio difíceis de mensurar, ainda mais num disco em que colocamos muito da nossa memória musical. Tudo que compus foi explorando minhas vísceras, por mais ingênuas que fossem as letras, aliás, nas canções ingênuas a exposição beira o nudismo. Componho em crise, essa é a minha solução. Sempre fui fã do Arnaldo Baptista, quando ouvi Let it Bed quis abandonar o projeto de um disco. Quando conheci o trabalho do Bnegão quis parar de mostrar minhas letras. Mas compor é uma forma de me organizar internamente e evitar sofrimento.'
'Tudo te é fácil e inútil', com suas frases coletadas pelas avenidas e lugares, 'Trégua', 'Acidente na rua Prof. Azevedo Marques', 'O Inventor'... Discão! E como o cara se diz legal ('Sou um cara simpático pra evitar expor complexidades que já me convenci: não dou conta. Então a música serve pra abrandar essas sensações que o tempo vai nos pondo a pensar.') seu cd pode ser adquirido no site do próprio 'Batone' Aqui .
Der Leone
Acidente na Rua Prof. Azevedo Marques
Tudo te é falso e inútil
Trégua
...Ah, e quanto ao poeta e agitador 'Chacal': durante a quinta Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), de 4 a 8 de julho, será lançado "Belvedere", pela coleção Ás de Colete (Cosac Naify/ 7Letras), reunindo toda sua obra, de 1971 a 2007, até sua produção mais recente. O volume inclui a edição fac-similar de 'Quampérios' (1977), considerado um de seus melhores livros, com ilustrações de 'Dionísio', companheiro da turma do 'Nuvem Cigana'.
(Parati/2003)
Pôxa, brigado pela singela homenagem ao "Aluado"!!! Não precisava tanto!
ResponderExcluirForça sempre!
Denis